Comemorando a mais nova grávidinha de São Paulo, resolvi finalmente escrever um post sobre a Maternidade.
Primeiro vamos aos fatos:
Fato 1: Um dia você acordará com uma vontade louca de ser mãe.
Fato 2: No dia seguinte essa vontade já terá passado
Fato 3: Quando cair na gandaia e passar a noite acordada bebendo com os amigos essa idéia terá sumido
Fato 4: Quando viajar com seu marido para bem longe e estiver curtindo o ar de uma cidade que está conhecendo pela primeira vez essa idéia parecerá loucura total da sua cabeça.
Fato 5: Um dia você acordará novamente com uma vontade maluca de ser mãe.
Fato 6: No dia seguinte essa vontade terá piorado.
Fato:7,8,9: A idéia começa a te perseguir e você pensa nisso toda vez que vê uma mulher grávida, ou um bebê (bem calminho, claro!)
Fato 10: Está na hora!
Sempre sonhei em ser mãe e já me peguei diversas vezes imaginando como será a carinha deles, qual nome, quantos filhos terei, menina ou menino (eu acho que menina), se vou adotar, etc...
Isso tem crescido dentro de mim (Acho que me encontro no fato 8 para 9, na verdade tb já estive no 10) quase como uma gestação de fato, ou seja a vontade não passa, só cresce e acredito estar preparada para o fato10. Acho que filho retrata a vida de um casal que se ama muito e que esse amor acabou transbordando e foi preciso uma criança para que esse amor não se perdesse (a vida não é tão romântica assim, mas deveria).
Isso muito provavelmente acontecerá em minha vida, venho preparando meu corpo para isso, e mais que meu corpo a minha cabeça e a do Fefe também. Tomar essa decisão é muito difícil, um filho muda de fato a vida das pessoas e mudará para sempre, uma vez depois de realizada não se poderá NUNCA mais voltar atrás. Serão momentos de alegria, satisfação e felicidade misturados com preocupação, stress, impaciência e cansaço, mas isso sempre vem em toda escolha que fazemos na vida.
Ano que vem será a minha vez de formar tias babonas e claro que de ser uma tia babona também, até porque Disney 2007 está em pé e lá as porteiras serão abertas para uma viagem sem volta e então poderei exercer mais um papel em minha vida. O papel de mãe!
Patifous, que tudo corra bem para vc, que vc não enjoe, que não tenha azia e que fique linda de morrer, que não se perca nas fraudas,que compre muitas roupinhas lindas, que seu bebe seja tão lindo como você e o Ada, que seja perfeito e com muita saúde, que traga muita luz a vida de vcs.
Abaixo segue um poema escrito por uma colega minha que agora é mãe de 2 meninas.
MÃE DE PRIMEIRA VIAGEMPor Tatiana Kligerman
Os longos dias de espera pelo resultado positivo, os nove meses de gestação, a busca pelo quarto perfeito, os livros, os sonhos. E quando achamos que tivemos tempo suficiente para refletir sobre a chegada do bebê, aquela carinha linda nos lança seu olhar pela primeira vez... e aí nos damos conta de que nada nos preparou para a maternidade.
Talvez por isso tantas grávidas de primeira viagem se sintam inseguras com a proximidade do parto. No início da gravidez, com tudo tão meticulosamente planejado, vislumbramos o momento em que uma voz dentro de nós irá dizer: “Pode ser hoje, estou pronta”. Esqueça. E relaxe.
A verdade é que a grande parcela de todo esse preparativo vem depois que damos à luz. Prepare com calma o enxoval, o berço e toda a parafernália. Deixe o resto por conta da mágica que nos invade ao ouvir o primeiro choro. Trata-se de uma coreografia perfeita: o bebê sai, a lágrima escorre, e a gente, do nada, aprende tudo.
Sabe aquela mulher que nunca pegou recém-nascido no colo, achando que não tinha “jeito”? Quando ela tem seu primeiro filho, estende os braços à enfermeira com a tranqüilidade de quem fez isso todos os dias da sua vida. E o primeiro banho, tão temido e escorregadio? As mãos driblam o sabonete com toques firmes mas delicados, sem nenhum vestígio daquela insegurança que assombrava as últimas noites de barrigão.
É tanto amor dentro da gente, que todo o medo vai-se embora. Tudo de repente fica fácil e descomplicado. É cansativo? É... Cólicas de acordar os vizinhos, noites mal dormidas, fraldas e mais fraldas e mais fraldas. Mas bastam 5 minutos na outra ponta da casa para bater uma saudade incontrolável: “Vou só ver se está tudo bem”. O pai olha desconfiado e diz que não precisa. “Só uma olhadinha”, a mãe insiste. Não adianta, pai não entende essas coisas!
Mas, de tudo isso, nada se compara à experiência de amamentar. Impagável aquele olhar de prazer de quem devora picanha com fritas; o baile da mãozinha em direção à nossa boca como que pedindo um beijinho; aquele corpinho perfeitamente embrulhado no seu, de novo lembrando como a natureza é perfeita. Pra isso a gente não se prepara. Só sonha.
E então, preparada? Tenho certeza absoluta que não. E nem queira estar: deixe a surpresa iluminar esses momentos lindos. Concentre-se no que é mais sagrado: o amor que você dará ao seu filho. Porque, para isso, ele está preparado.